Hoje acordei com uma mensagem do Rogério no meu celular, que dizia que um avião da AirFrance tinha caido no Atlantico.
Como eu tinha tomado um remédio mega poderoso pra minha dor na coluna, custei a acreditar no que eu tava lendo.
Me lembrei que logo quando entrei na Varig, recebi um telefonema de uma colega dizendo que o Abdjan tinha caído. Eu logo imaginei que o voo nao iria sair mais na nossa escala, ou coisa do gênero. Mas não tinha realizado que o avião tinha caído. E era o avião que eu voava e o voo que eu fazia! Até cair a ficha demorou um pouco.
Lembro da minha mãe me dizendo que na época dela, os DC-3 caíam na pista de congonhas que nem tomate podre...
Desestruturou um pouco mas aos poucos eu fui entendendo melhor a aviação e ficando até mais seguro, a respeito das máquinas e dos pilotos.
Eu ainda sou daqueles que confia na máquina e no piloto. É como um mantra pra mim, a cada perrengue aéreo. Tenho que confiar neles. Tenho que confiar neles.
Aí caiu o avião do Garcez, depois o TAM em jabaquara, em seguida os ataques de 11 de setembro com todo o seu show-horror aéreo.
Mesmo assim, as coisas continuavam claras pra mim, e acredito que depois do elevador, o avião é o transporte aéreo mais seguro que tem. Acreditem, é mesmo!
Ai veio o tsunami Varig e fui parar na TAM. No ano que entrei na TAM, teve aquele horror que foi o A320 entrando no prédio e tudo que sabemos e que nem vale a pena lembrar aqui.
Hoje então, essa trajédia com o A330 da Air France.
O pouco que entendo do avião (sou habilitado nesse tipo de equipamento) é que ele tem vários localizadores e como todo equipamento Airbus, todos os sistemas são no minimo, em dobro.
Quer dizer, o sistema eletrico, os geradores, todos os equipamentos de tornam possivel a navegabilidade, são no minimo em dois, no caso de um pifar, tem sempre outro.
Um equipemento importante é o ELT, um sistema de localizador, que é acionado quando há um choque com o avião.
Naquela área onde possivelmente aconteceu o acidente, é um meio do nada, mas sempre monitorado pelos radares, brasileiros e tambem do Senegal, na África.
Isso sem falar que todos os equipamentos são monitorados em Tolouse na França.
Condiçoes meteorológicas, possivelmente. Mesmo assim, avioes como o A330 sao projetados pra enfrentar condiçoes adversas e severas... enfim, é esperar pra saber o que realmente aconteceu.
Muita luz pra todos os meus colegas que estavam lá, trabalhando.
Como diria Alice Klausz: "A Aviação é um banquete onde a gente nunca sabe quando vão servir a sobremesa."
Um comentário:
Sandall,eu não sabia que Dona Alice tinha dito essa frase..interessante e contundente.
Mas eu sabia que as madames chiquerérrimas do Titanic,após o jantar,recusaram a sobremesa...se elas imaginassem o que estaria por vir teriam caído de boca em todas as tortas,pudins de leite,mousses e assemelhados,manjares e assemelhados..
Por isso eu nunca recuso a sobremesa..
bjsss...
na Gata tbm..
Regina.
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