sábado, 29 de novembro de 2008

Tá só o pó.

Gata passa a noite acordada, correndo pela casa, arrasando com a minha tela da varanda... correndo atras do Igor, mordendo as suas pernas fraquinhas... depois corre pro meu quarto, morde meu pé, meu nariz, agarra minha mão e morde, arranha... depois corre pra sala, sobe na tela da varanda, pula na maquina de lavar, morde o Igor... aí de dia, ela fica assim... só o pó.

Salvador

Salvador, final da tarde... O dia tava meio esquisito mas depois abriu e fez um sol brilhante, o céu lindo...
Saí com o Rafa, e fomos passear pela Barra, até chegar na casa dele, que eu nao conhecia.
Salvador tem uma coisa de Rio de Janeiro... parece fim de semana todos os dias.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

A volta pra casa.


A volta pra casa é um dos melhores momentos da minha vida ultimamente. Significa que vou entrar no meu apartamento, olhar a sala, ver as minhas coisas, ser recebido pelo IGOR com todos os gritos e ataques que ele dá, vou levar uma surra e multiplas unhadas carinhosas de Gata, vou abrir a porta do meu quarto e entrar e finalmente, tomar um bom banho e colocar minha camiseta, meu short... vou poder ligar meu computador e ficar até a hora que eu quiser... vou poder ia a academia, ver minha mãe, assistir meus programas de tv favoritos, falar com meus amigos, estar com meus amigos, planejar nem que seja um unico e maravilhoso dia/noite com eles.

Voltar pra casa é poder ler meus livros, olhar as minhas fotos, pensar na minha vida, fazer planos pro futuro, desenhar e ouvir música. As minhas músicas.

Voltar pra casa significa tomar chopp no Jobi com a Jussara, o Julinho e o Gustavo. Significa encontrar com a Marida Lenora e fazer um update muito engraçado dos ultimos 7 ou 14 dias.

Voltar pra minha casa, significa olhar pra minha varanda e ver as minhas plantas, fazer meu macarrão com meu molho mais gostoso... caminhar pelo condominio, levar o Igor pra fazer xixi de madrugada, ver a Pedra da Gávea no meu caminho... pegar meu carro e ir até a praia, pegar a bike e sair por ai, sem rumo.

Voltar pra casa significa que o meu trabalho foi feito, bem feito. E significa tambem, que mesmo que seja por pouco tempo, mesmo que seja voltando pro trabalho, eu sei que vou voltar novamente.
Eu adoro o cheiro da minha casa.
Eu adoro as cores da minha casa.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Arco Iris na Barra da Tijuca


É isso mesmo. Foi um dia que choveu baldes. Fui no Centro Empresarial do Barrashoping e na saida, vi esse arco iris formado e nao resisti.
O tempo doido esse. Uma chuva do capeta e depois o sol abre, o céu fica azul... mas nao por muito tempo. Foi só pra fazer esse arco iris e deixar a gente um cadinho mais contente.

sábado, 15 de novembro de 2008

A Natureza dá o troco.


Recife.
O hotel é em Piedade, uma continuação da praia de Boa Viagem, mais ao sul.
A faixa de areia entre o hotel e a praia ficou em torno de uns parcos 5 metros ou menos na extensão da praia.
Na primeira foto, tem a faixa de areia e os recifes (ou arrecifes) e foi tirada por volta de meio dia. No final da tarde, o mar avança sem dó nem piedade (rsrsr) e enfrenta as pedras que foram colocadas justamente como proteçao contra a violencia das ondas, proximo aos prédios da orla - inclusive o proprio hotel.
É a natureza dando o troco e avisando que o bicho vai pegar.
Se cuida.

Porto Alegre, com o Gustavo Peres

Foto do terraço do Café da Casa de Cultura Mario Quintana, que era originalmente o Hotel Majestic

Fachada da Casa de Cultura Mario Quintana

Comentário da Ana no meu Flickr, que eu reproduzo aqui:
"Majestic Hotel. Tem histórias e fantasmas ótimos...depois empresto o livro que conta. Acabou seus dias como hotel tendo um único hóspede durante anos: o MQ. Mas isso dá p/ sentir lá, não dá?"


Hoje falei com o Gustavo Peres e combinamos de nos encontrar na Casa de Cultura Mario Quintana no centro de Porto Alegre.

Já eram 6 da tarde quando finalmente decidimos aonde nos encontrar e que horas. Adorei a ideia de conhecer a Casa de Cultura.

Eu nao conhecia o lugar e na verdade em Porto Alegre dificilmente saio por que nunca chego a ficar mais de 12 horas... geralmente chego muito cansado.

Saí do hotel por volta de 7 da noite e fui caminhando pela Rua da Praia até chegar na Feira do Livro. Aproveitei pra dar uma olhada nos livros, até pra fazer uma hora pra encontrar o Gustavo. É bem perto do hotel e ia chegar muito mais cedo que ele. Aproveitei de dei uma olhada na feira, que alias vai ser minha proxima programaçao em Porto Alegre.

Quando encontrei com o Gustavo, subimos até o ultimo andar, onde funciona um Café super simpático.
Conversamos muito, me contou da Cataluña e viajei no seu caderno de desenhos. Fique sabendo mais da sua história e contei mais sobre a minha.
Nos arrepiamos quando falamos do Rio de Janeiro e do estilo de vida dos cariocas, nos emocionamos quando falamos dos nossos planos, do futuro, dos amigos, dos nossos pais, do nosso passado.
Falamos sobre os nossos amores, as viagens, nossos trabalhos... concordamos e discordamos.
O cenário foi um fim de tarde em Porto Alegre, inicio da noite e musicas perfeitas.

Foi muito bom encontrar o Gustavo, que eu nao via a muito tempo.

É tão bom a gente poder abraçar nossos amigos e dizer pra eles o quanto eles são importantes pra vida da gente... E foi delicioso tambem poder dizer pra ele que foi muito bom reencontrá-lo, o quanto ele é querido... e como eu gosto do trabalho dele!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

domingo, 9 de novembro de 2008

Fernanda e Gustavo.


Gustavo é meu sobrinho. Ele vai casar com a Fernanda no final do ano que vem. Hoje fomos ao casamento do Hamed, meu primo e em meio a festa do casamento, a Fernanda e o Gustavo me convidaram pra ser padrinho de casamento deles.
Na hora eu nao soube muito o que dizer. Nunca fui convidado pra ser padrinho e a minha primeira reação foi nao acreditar, achava que eles estavam de sacanagem comigo. Eu, padrinho ?
O convite veio no meio de uma festa de casamento, portanto, eu tava no clima mesmo e fiquei muito feliz com o convite deles.
Puxa, ser padrinho de casamento do meu sobrinho...
To feliz da vida por que to me achando mega importante.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

terça-feira, 4 de novembro de 2008



Então ficamos assim combinados. Dia desses, Gata descobriu que podia escalar a tela mosquiteira, que o Toni com sua sutileza paquidérmica destruiu, ou melhor, tentou destruir por que a tela foi mais forte e resistente que ele.
Aí ela escala, mas o buraco da tela é mais embaixo e ela sobe e depois desce.
Quando ela desce, ela se depara com o buraco (sempre, mas pra ela é sempre uma surpresa, aquele buraco. vai entender) e ai ela passa primeiro a cabeça, depois as patas da frente, depois o corpo e pronto. Livre!
Eis que ela descobre que a poucos passos da tela mosquiteira, tem uma jardineira gigante, que fica do lado de fora da varanda. E nessa jardineira tem uma salada maravilhosa. Salada du Chef.
Gracias, Gata.

Fly me to the moon, please.

To tentando achar essa musica com a Zizi Possi.
Mas com a Diana Krall é lindo tambem. Com o Sinatra idem.
Vale a pena ouvir/ver.
Beijos pra voces.
Boa noite que eu vou dormir que tá tarde a beça e eu to mega gripado.
Alias, agradeçam a minha gripe, por que se nao fosse ela, nao ia colocar esses posts todos.

Por que a gente gostava tanto?


Assim, ó... não é a hora da saudade e nem um momento triste. É só pra lembrar, o que foi bom não dá pra esquecer, .

Então, eu tava fuçando uns vídeos e acabei achando esse aqui.

Foram vinte anos trabalhando na Varig e tudo na minha vida acaba se associando a empresa. Minha juventude foi praticamente a bordo dos aviões da Varig, fiz muitos amigos (hoje eu considero a minha segunda família), conheci vários lugares bacanas, fiz muitas amizades por conta das viagens e dos voos, alguns passageiros são meus amigos até hoje... e por aí vai.

Não adianta, faz parte da minha vida e pronto, não vou esquecer nunca.

Pra quem não sabe, trabalhei na Varig de 1986 até o dia que ela acabou, em 2006. Vinte anos.
Fui comissário de bordo da Varig e isso pra mim é sim motivo de orgulho.

Ponto parágrafo. Na outra linha... como diria minha professora de Linguagem, dona Benílde.

Vinícius de Morais...


Dos poetas contemporâneos, ele tem um espaço reservado entre meus livros de poesia (sim, eu leio poesias!). A Bossa Nova começou praticamente dos seus poemas e sonetos e pra mim é o estilo de música que eu mais gosto.

Sendo assim, ele tem que estar aqui também.

Pra entender o que vem depois.


Faço dele as minhas palavras. E ai dá pra entender os posts abaixo.

Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos...

Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido... Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre...

Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nos e-mails trocados...

Podemos nos telefonar... conversar algumas bobagens. Aí os dias vão passar... meses... anos... até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo...

Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas? Diremos que eram nossos amigos. E... isso vai doer tanto!!! Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida!

A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto... nos reuniremos para um último adeus de um amigo. E entre lágrima nos abraçaremos...

Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado... E nos perderemos no tempo...

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores... mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!!!

vinicius de morais

Marida, Lenora.



Lenora, minha marida:

Hoje falamos um pouco pelo telefone. E nos falamos sempre e sempre e toda hora.
Um dia, a porta da casa da Lenora se abriu pra mim e pra minha familia. E aos poucos a gente começou a fazer aquela familia ideal, saca? Aqueles que a gente escolhe pra ser da nossa familia pra sempre.

Aí, a gente se encontrou acho que de outras encadernaçoes mesmo, nao tem muita explicaçao. Ou tem, sei lá. Tambem nem precisa. O que precisa é isso que ta bom assim mesmo. A gente é amigo, ou mais que amigo. Somos marido e marida. Aquele casamento que dá mega certo.
Somos amigos de entrar pela casa a dentro e abrir a geladeira na hora da deprê, e acordar de manha e entrar de pijama e sentar tomar café com pão e manteiga, contando o que aconteceu na noite anterior, os planos, rir pra variar.

Somos amigos de sair pra caminhar na praia e tomar agua de coco, e a gente nem precisa ir pra Paris ou pra Noviórque pra andar na rua e fazer de conta que a gente tá sempre feliz por que a gente tá sempre rindo, até mesmo das coisas mais sérias.

E a gente toma sol, e caminha na praia, e senta e toma agua de coco.... E a gente pega um avião e vai parar em Copenhagen na terra do Conor, e a gente vai na boite, no almoço do Lars, pegamos o trem e vamos dar um pulinho lá na Suécia... E depois a gente vai pra Salvador e eu carrego a Iemanjá que ela comprou... quase do meu tamanho... e vamos na loja de artigos de candomblé e vejo a Lenora/Marida desfilar com miçangas e guias dos mais variados orixás, como se ela estivesse na Daslú, comprando as mais finas bijuterias, e claro, caimos na gargalhada por que só ela é capaz disso, pode crer.

E vamos ao cinema pra ver filme triste, alegre e nao importa: na saida a gente ri mais um pouco das nossas proprias desgraças, trombamos com vasos de plantas, com portas de vidro, nos distraimos com a nossa alegria.
Depois vamos na casa dela, pra rir mais um pouco e chorar um tantão, e tomar os melhores vinhos que descansam gloriosos naquela geladeira que ela trouxe de taxi, mais um motivo pra gente rir dessas histórias.

E depois ela vai gritar pelo meu Aerus e pela Varig, solidária como toda marida deve ser, por que ela quer gritar por mim, por que ela vai gritar por mim, como gritaria sempre por todos que ela ama. Eu sei que ela me ama por tudo isso e por mais um pouco: fico desempregado mas A VIDA continuou pra gente nao esquecer de que apesar de tudo estamos bem vivos, e depois arrumo emprego novo e Lenora/Marida feliz da vida como se dela fosse a conquista do emprego novo aos 45 anos... e ela vai na minha formatura na TAM, e toma champagne comigo confirmando aquilo que a gente sempre vai ser pro resto da vida. Não grita comigo! Eu nao to gritando! Entao me escuta pra variar... e levo e sempre levarei ela de pé quebrado pra Lisboa, carrego ela no colo até o saguão do hotel... e essas historias sao tao recentes... E choramos juntos cada vez que um dos nossos se vai. E estamos sempre juntos.
Pra sempre. Minha GC RIP.
Entendeu ?

assembléia geral...


Então, como eu ia dizendo...
Tenho amigos de muitos anos. Muitos anos mesmo. Coisa de 20 anos e tal.
Hoje mesmo comentei com um amigo que minhas amizades são assim, de muitos anos. Nem precisa ser 20 mas muitos anos.
Domingo fizemos uma Assembleia Geral. Sempre fazemos uma quando a gente fica muito tempo sem se ver. Coisa de colocar os assuntos (hic!) em dia. E claro, muitos chopis.
E sempre dá o maior pé, por que a conversa flui e a gente coloca os assuntos em dia.
Vou colar aqui o que Vinicius de Morais disse sobre os amigos e a amizade:

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!

Falou e disse.

(na foto: eu, fabrício, conor, jussara, gustavo e julinho. faltou a marida. mas vou fazer um post só pra ela.)