quarta-feira, 22 de julho de 2009

Aeroporto


Andei meio preocupado com a finitude das coisas, do prazo de validade das nossas idéias, das irregularidades do nosso humor...

Outro dia, eu tava no D.O. do Aeroporto de Guarulhos, esperando a hora de me apresentar pra mais um voo... e fiquei alí, olhando pela janela (janela?) de onde eu estava.
E via aquela paisagem dos aviões parados, da movimentação na pista, dos passageiros desfilando inertes numa passarela rolante, de um terminal pro outro... olhei o céu azul que fazia naquela tarde.

Quantas vezes, nesses 23 anos de profissão, aquela cena passou diante dos meus olhos, sem que eu percebesse os detalhes de tudo o que estava ali. Quantas vezes aquilo tudo era tão natural e corriqueiro, que eu não percebí que tudo, invariavelmente tudo aquilo, ia fazer parte da minha história?

Eu cliquei esse momento, como se estivesse fazendo um pequeno índice da minha história - ou das minhas histórias.

Os sobrinhos


Isabela, Gustavo, Alexandre, Fernanda, Guilherme e a culpada disso tudo...

Minha mãe fez um almoço pra comemorar alguns aniversários importante, de pessoas igualmente importantes, lindas, maravilhosas e por que não dizer... leoninas?

Esses almoços na verdade são boas desculpas que minha mãe usa pra juntar a galera toda.

E esse foi muito especial, por que estávamos todos juntos. O Guilherme veio dos Estados Unidos trazer o vestido de noiva da Fernanda e esticou alguns dias.
O Alexandre, que estava morando com o pai dele em Floripa, veio não só pra esse almoço mas para todos os outros que virão.

É uma delicia encontrar todo mundo. Assim como eu, todos na minha familia são contadores de histórias, e é hilário ouvir as histórias que todos tem pra contar. Cada um com a sua versão, cada um com o seu tom e o seu humor.

Hermanos


Hermanos, upload feito originalmente por Beto Sandall.

Um dia, a gente acorda e olha uma foto como essa. E percebe que o tempo passa de uma maneira sutíl, despercebida.

Olhar no espelho e investigar o aparecimento de algumas rugas e marcas de expressão... ser chamado de "experiente" no trabalho e sentir algumas dores nas "juntas" que antes nao tinham...

E ontem mesmo, o Guilherme quase nasceu no meu carro, na hora que a Mary tava indo pra maternidade... e claro, foi ontem mesmo que o Guilherme e o Gustavo ficavam brincando na minha casa, ou mesmo em volta da arvore de natal esperando pra abrir os presentes.

Foi ontem, que o mundo colocou na minha frente dois sobrinhos, de uma série de quatro... e que eles estariam me esperando, crescendo e olhando pra mim, procurando definir o que eles seriam quando crescer ou como eles seriam no futuro.

Ontem mesmo, fomos procurar um terreno em Guapimirim. E lá o Guilherme perguntou se a casa ia ter um quarto pra ele, o irmão e a mãe dele... claro né. somos uma familia.

Ontem o Gustavo, ainda pequeno, brincava no chão da casa da minha mãe e brigava com o guilherme por alguma bobagem importante.

Ontem, no jantar que eu fiz aqui em casa, eu esperei eles ficarem nessa mesma posição, pra poder tirar essa foto. Eu sabia que essa foto ia ser importante, nao me lembro por que.

Hoje eu sei por que.
Eles cresceram, estavam na minha casa como dois homens, dois cidadãos, que tem um futuro lindo pela frente, que buscam melhorar como seres humanos, trabalhando e principalmente, acreditando que não tem nada mais importante do que a familia.

Podem acreditar. Hoje de manhã eu acordei e me olhei no espelho e fiquei feliz de ter meus sobrinhos... Guilherme, Gustavo, Alexandre e Isabela, um pouco mais perto de mim.