
Andei meio preocupado com a finitude das coisas, do prazo de validade das nossas idéias, das irregularidades do nosso humor...
Outro dia, eu tava no D.O. do Aeroporto de Guarulhos, esperando a hora de me apresentar pra mais um voo... e fiquei alí, olhando pela janela (janela?) de onde eu estava.
E via aquela paisagem dos aviões parados, da movimentação na pista, dos passageiros desfilando inertes numa passarela rolante, de um terminal pro outro... olhei o céu azul que fazia naquela tarde.
Quantas vezes, nesses 23 anos de profissão, aquela cena passou diante dos meus olhos, sem que eu percebesse os detalhes de tudo o que estava ali. Quantas vezes aquilo tudo era tão natural e corriqueiro, que eu não percebí que tudo, invariavelmente tudo aquilo, ia fazer parte da minha história?
Eu cliquei esse momento, como se estivesse fazendo um pequeno índice da minha história - ou das minhas histórias.